O TROMBONE

12/07/2010 12:17

O Trombone é um aerofone da família dos metais. É mais grave que o trompete e mais agudo que a tuba.

Há duas variedades de trombone, quanto à forma:

  • Trombone de Vara: Possui uma válvula móvel (vara), que, ao ser deslizada, altera o tamanho do tubo, mudando a nota. São várias as particularidades da vara:

 

  • Faz com que o trombone apresente todas as notas dentro da sua extensão (é comum entre os instrumentos de pisto um "buraco", isto é, notas ausentes na região grave).
  • Deixa o timbre do instrumento mais homogéneo em todos os registros, já que o ar não muda de caminho, apenas aumenta ou diminui o percurso.
  • É mais adequada para realizar efeitos como o glissando.
  • Requer um maior cuidado com a afinação.

A família do trombone apresentava originalmente os instrumentos Soprano, Contralto, Tenor, Barítono e Baixo. Com a evolução da música, alguns tipos foram sendo abandonados. O Romantismo consagrou o trombone tenor como o mais nobre da família.

 

Na atualidade utilizam-se muito frequentemente o trombone Tenor-Baixo (em Fá - Si bemol), e modelos dotados de válvulas mecânicas acionadas com a mão esquerda.

 

Originalmente  desenvolvido  na  Alemanha  foi  chamado  de Sackbut (literalmente "empurrar-puxar"). Durante o século XV, o trombone foi o primeiro instrumento de metal que pôde tocar a escala cromática. Era  utilizado  principalmente  nas  igrejas, também  executado  em  grupos  de sackbut ao  ar livre onde tocavam danças renascentistas.

 

Um  instrumento  sem igual , o sackbut é diferente do Trombone moderno, devida a evolução e pesquisas ocorridas nas  construções  de  instrumentos.  Sua  campana  aumentou  o  diâmetro e a  tubulação da vara também aumentou. Fabricaram-se válvulas que facilitam a execução. A qualidade sonora do trombone se iguala em qualidade da voz humana, por isso foi considerado um instrumento sagrado.

 

Johann Sebastian Bach usou o trombone em 15 cantatas, e durante o período Barroco foi firmada a família do  trombone  que  são  denominadas  tal  qual  as  vozes  humanas  (soprano,  contralto, tenor, baixo). O trombone  soprando  quase  não  se usa, pois fora substituído pelo Trompete já desenvolvido. O trombone contralto  é  mais  usado  em  peças  de  orquestras,  fazendo  parte  do  naipe ou como solista. Os tipos de trombones mais usados são o tenor e o baixo.

 

Com a morte de Bach (1750), o trombone perdeu um pouco de espaço nas composições. Outros compositores Clássicos  como  Mozart  e  Haydn,  usaram  o  trombone  para  peças  de  representatividade religiosa e sobrenaturais.  Mas  no  século  XIX,  Beethoven  somou  na  sua orquestra um trio de trombones na sua famosa 5ª Sinfonia. Dali  em  diante os trombones aumentaram o poder sonoro das orquestras modernas, e muitos compositores do século XIX incluíram o trombone em suas orquestrações como: Wagner, Mahler, Bruckner, Brahms, etc.

 

Hector  Berlioz  fez referencia  aos  trombones em seu famoso tratado de instrumentação em (1843), que diz: "Em minha opinião, o trombone é a verdadeira cabeça da família dos instrumentos  de  metais.  Pois  sua  nobreza é do mas alto grau;  tem todos os tons sérios e poderosos da sublime  poesia musical,  acentos  tranqüilos  e  imponentes  com suas explosões selvagens. Dirigido pelo testamento  do mestre , os trombones podem cantar como um coro de padres, articular suspiros sombrios, lamentos tristes, ou um hino luminoso de glorias."

 

No século XX, quando o jazz começou a crescer nos Estados Unidos, o trombone foi trazido para iluminar as  orquestras  de  Glenn Miller  e  Tommy Dorsey, e com as Bandas militares cresceu em popularidade. Hoje,  podemos  encontrar  trombones  em  Orquestras  Sinfônicas,  Filarmônicas,  Orquestras  de  Baile, Bandas Militares, Bandas Escolares, além de conjuntos de Pop, Reggae, Jazz, entre outros.

 

Além de menos conhecido do publico, é um espetáculo raro e sem igual em termos de sonoridade. Existem muitos grupos de trombones como Quartetos, Quintetos e até Octetos.

 

É maravilhoso ser trombonista não é... 

 

 

Artigo escrito por:

Jesiel de Pontes Silva

1º Trombonista da OFMV